Em meio à rotina cansativa e desesperadora de um pai de família, que buscava sustentar sua casa com dignidade, a realidade cruel da falta de pagamento se abateu. Durante 30 dias, ele trabalhou incansavelmente como coletor de lixo, prestando um serviço essencial para a cidade de Forquilinha, sem saber que, ao final desse árduo mês, nada mais teria como recompensa além de promessas vazias. A empresa para a qual ele e outros dez colegas se dedicaram, o Grupo DRW, se omitiu em cumprir sua obrigação de pagamento.
Enquanto isso, a Prefeitura de Forquilinha, que contratou a empresa para prestar o serviço, garante que fez todos os pagamentos devidos, sem questionar a qualidade do serviço prestado à população. Mas o que se vê agora são trabalhadores sem salários, sem alimentação, sem qualquer perspectiva de justiça.
E o pior, essa empresa, com sede em outro estado e sem escritório na cidade, parece estar alheia ao sofrimento desses homens e mulheres que, como tantos, são os pequenos, os que fazem a cidade funcionar, mas que, quando o problema vem à tona, ficam à mercê da indiferença e do abandono.
Como se não bastasse a luta diária para garantir o sustento das suas famílias, agora esses trabalhadores enfrentam o desespero de ver o suor do seu trabalho se perder em promessas vazias. Onde está a responsabilidade da empresa? E o compromisso da prefeitura com quem, de fato, fez a sua parte? A quem recorrer quando as contas não fecham e a fome aperta?
São os pequenos, mais uma vez, pagando o preço. E a indiferença do sistema que deixa os mais vulneráveis à mercê de um futuro incerto. Como será possível seguir em frente, sem o que é seu por direito?