Perícia de celulares apreendidos mostra como era esquema de tráfico de drogas no município de Morro Grande
Foi divulgado, neste fim de semana, o laudo pericial dos aparelhos celulares do líder de facção ligado ao tráfico de drogas no sul catarinense. O suspeito, conhecido como “Xana”, tinha dois perfis no aplicativo Whatsapp – um pessoal e o outro “profissional” com o nome “Chama que tem”, sendo este último destinado ao comércio de entorpecentes no município de Morro Grande. Em uma das conversas do traficante, a perícia encontrou uma negociação de meio quilo de maconha, vulgo “fumo” no diálogo. “Meu parceiro quer pegar meio quilo de fumo”, explica na mensagem o cliente.
DIÁLOGOS
O contato de Xana ainda tenta pechinchar o preço do entorpecente. “Queria ver um precinho top lá pra ele”, diz indivíduo em conversa interceptada no dia 05 de abril do ano passado. Uns instantes depois, o traficante informa que pega o quilo pelo valor de R$ 2 mil. Então, para fechar o negócio, ele acrescenta: “Diz aí que eu ‘fasso’ a vista pra ele por R$ 1,1 mil”.
Em outro diálogo, o líder da facção trata sobre a venda de crack (ou pedra). No mesmo dia, por volta das 21h30, o investigado recebeu mais um pedido. “Faz 50 a pedra? Te pago amanhã”, diz o usuário. Uma hora depois, Xana responde: “50 pra pagar hj, né?”.
Em outro bate-papo, o cliente pede para que o traficante venda cocaína (ou pó) fiado. Conforme caderno de anotações, o suspeito vendia cada bucha no valor de R$ 50. “A investigação conseguiu levantar pelo menos mais de 30 pessoas que eram clientes de Xana”, pontua Thiago Nacasato, responsável pela Delegacia de Morro Grande.
Na última semana, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou três homens por formação de quadrilha, que irão responder por associação de duas ou mais pessoas com o fim de praticar o tráfico de drogas no município.