A fraude foi descoberta pela empresa quando alguns clientes começaram a solicitar as notas fiscais
Um ex-funcionário de uma indústria de concretos em Criciúma foi indiciado pela Polícia Civil por desviar mais de R$ 95 mil da empresa onde trabalhava. Os crimes ocorreram entre o final de 2022 e os primeiros meses de 2023, período em que o suspeito, identificado como T. C. S., de 37 anos, utilizou sua posição de confiança para cometer os atos ilícitos.
De acordo com as investigações, T. C. S. negociava a venda de mercadorias com os clientes da empresa e, aproveitando-se da confiança depositada nele, solicitava que os pagamentos fossem feitos de forma antecipada diretamente em sua conta bancária pessoal. Ele alegava que essa prática era necessária para agilizar a emissão das notas fiscais e garantir a rápida entrega dos materiais.
A fraude foi descoberta pela empresa quando alguns clientes começaram a solicitar as notas fiscais correspondentes às compras realizadas. Ao verificar os registros, o setor financeiro da empresa não encontrou nenhuma informação sobre as vendas, embora os rastreadores dos caminhões confirmassem que as entregas haviam sido realizadas.
Diante da inconsistência, a empresa confrontou T. C. S., que inicialmente negou ter cometido o crime. Ele alegou que havia reposto o dinheiro utilizando seu cartão de crédito, mas essa afirmação foi desmentida pela vítima, que não recebeu qualquer ressarcimento.
Com a conclusão do inquérito, T. C. S. foi indiciado pelo crime de furto qualificado, cometido com abuso de confiança. A pena para este tipo de crime pode variar de 2 a 8 anos de reclusão, além de multa. O caso agora segue para análise do Ministério Público, que decidirá sobre o prosseguimento da ação penal.