Ele foi condenado pela Lava Jato a 8 anos e 10 meses de prisão
O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, em Alagoas, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar o segundo recurso da defesa e determinar sua prisão imediata. Condenado pela Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor deverá cumprir oito anos e dez meses, em regime inicial fechado.
De acordo com a nota emitida pela defesa do ex-presidente, a prisão ocorreu às 4h, enquanto Collor se dirigia para Brasília, “para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes”.
“O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento”, pontuou a equipe de defesa.
Moraes rejeitou o recurso nesta quinta-feira (24). Na decisão, o ministro destaca que os recursos apresentados tinham caráter “meramente protelatório”.
Por fim, a pedido de Moraes, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, marcou uma sessão em plenário virtual. Ela servirá para que os ministros analisem a decisão individual. A sessão vai começar às 11h desta sexta-feira, com termino às 23h59.
Fernando Collor
Fernando Collor foi o 32º Presidente do Brasil, de 1990 até sua renúncia em 1992. Em 2023, o STF o condenou em um dos processos da Lava Jato. Conforme a condenação, o ex-presidente e ex-senador, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014