Monitor exclusivo direito da criança autista
Os monitores exclusivos são cruciais para o desenvolvimento das crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Eles são profissionais que auxiliam os alunos com deficiências ou necessidades especiais, de modo a garantir uma inclusão escolar mais efetiva, acompanhando o aluno que precisa deste cuidado em sala de aula.
Monitores e educadores sociais voluntários, atuam nas escolas com a função de auxiliar os estudantes nas áreas de alimentação, locomoção e higiene, dependendo da necessidade de cada aluno.
A Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) assegura que estudantes com deficiência, incluindo autistas, têm direito a recursos de apoio individualizados, como monitores e cuidadores. No DF, a Secretaria de Educação oferece o cargo de Cuidador Social Escolar.
Falta desses profissionais impacta a aprendizagem e socialização de meninos e meninas. Gabriel Apolinário, 17 anos, relatou sobre a falta de monitores.
“Não tinha [monitor exclusivo], porém, eu era acompanhado no serviço de orientação educacional. Mas, muitas vezes tinha dificuldade pois na maioria das escolas a educação não é inclusiva e excluem os alunos, deixando ele de canto, e isso acabava dificultando a minha socialização com os outros alunos.” diz.
Gabriel também fala sobre o descaso da escola na falta de explicação para outros alunos sobre o Transtorno do Espectro Autista. Ele aponta, também, que tinha certa dificuldade na cantina do colégio, por conta da seletividade alimentar.
No caso do Gabriel, os médicos que realizam seu acompanhamento decidiram que ele não precisaria de um monitor exclusivo. “Porém, eu preciso de um acompanhamento específico e provas adaptadas”, detalha. O jovem estudante acredita que os monitores podem transformar positivamente a vida de alunos com o TEA.