O criminoso tentou contato com cerca de 300 mulheres até ser preso.
Em coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Civil de Tubarão, o Delegado de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), Lucas de Sá, juntamente com a Delegada Regional Carolini de Bona Portão, deram mais detalhes sobre o homem acusado de produzir e intermediar pornografia infanto-juvenil preso nesta terça-feira (9).
Tudo começou com uma denúncia da vítima, natural de Tubarão. A mãe da menina registrou um boletim de ocorrência na delegacia, pois sua filha adolescente, foi acionada nas redes sociais por uma suposta modelo internacional, que estaria fazendo uma seletiva para recrutar outras modelos. Após algumas conversas, o encaminhamento de fotos dela de lingerie e biquíni foram solicitados. A ação tomou maiores proporções, e pedidos de fotos sem peças íntimas também foram solicitadas.
Com a desconfiança da mãe, a polícia foi procurada e o B.O registrado. A partir deste momento as investigações iniciaram até chegar na autoria do crime, sendo o responsável um homem de 30 anos, morador de Capivari de Baixo. Em quatro meses, o indivíduo tentou contato com mais de 300 meninas e mulheres, ofertando as seletivas com o intuito de obter as fotos pornográficas. “Muitas das vítimas não produziram o conteúdo, e muitas vezes os pais interviram e proibiram que elas enviassem as fotos”, pontua o delegado Lucas.
Ainda assim, sete vítimas com idades entre 11 e 15 anos, naturais de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, encaminharam suas fotos íntimas ao acusado. “Em alguns casos, ele conseguiu fazer com que as meninas praticassem atos libidinosos e os enviasse”, ressaltou o delegado.
Aparelhos celulares e um notebook também foram apreendidos e serão encaminhados à perícia. As apurações vão concluir se o acusado praticava o crime sozinho ou se ainda o material pornográfico coletado tinha algum fim comercial.