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Professores da rede estadual entram em greve e realizam ato em Criciúma

Paralisação dos servidores iniciou na manhã desta terça-feira, dia 23

Os professores da rede de ensino de Santa Catarina paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira, dia 23, em todo o Estado. Em Criciúma, diversos profissionais aderiram a greve, como os professores do Cedup Abilio Paulo, escola localizada no bairro Pinheirinho.

Entre os pontos em destaque do magistério catarinense estão a valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis, a descompactação da tabela salarial, a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias e a garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação.

O professor Marco Antônio Martins é um dos profissionais que aderiu a greve. “O movimento que a gente está vendo no Cedup reflete a falta de respeito e descaso que o governo do Estado tem com a educação pública e com os professores. São mais de nove anos da última greve, ou seja, desde 2015. O quadro salarial, as nossas demandas, a nível de governo do Estado, não estão sendo atendidas. Ao longo da história, os governos não têm atendido. E com esse governo, em especial, nós estamos tentando negociar há 14 meses”, ressalta.

Conforme o professor, no Cedup, os próprios professores se mobilizaram pelo descontentamento com os salários. “Diante de tudo que está acontecendo, diante das nossas condições de trabalho, resolvemos aderir a greve. A tendência do movimento é crescer. A gente está com mais de um terço dos professores do quadro civil do Cedup hoje paralisados, diante do descontentamento que a gente está sofrendo, diante desses 10 anos de história que a gente está sofrendo”, comenta.

Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Evandro Accadrolli, os professores do Estado não possuem valorização na carreira.  “O professor recebe hoje um valor único, que é do piso nacional. O piso nacional foi criado como base para um professor que tem formação de ensino médio. E nós temos professores que já têm Licenciatura em alguma faculdade, em alguma das disciplinas eles têm especialização, mestrado e doutorado, em grande número, e eles não têm esse reconhecimento. Essa é uma pauta que nós queremos: valorizar professores que se qualificam, que buscam melhores formações, que se tem uma formação permanente, que sejam valorizados, até porque daí ficam os melhores professores na rede”, destaca.

Conforme o coordenador do Sinte, em Santa Catarina, são 34 mil trabalhadores contratados de fevereiro a dezembro. “Em dezembro, eles são demitidos e talvez contratados no outro ano. São 34 mil pais e mães de família que se formaram para ser professores de carreira contratados. Esses são os grandes problemas hoje. A forma que se é contratado, que é temporário, e não ter uma valorização de carreira. Com isso, nós estamos com o salário congelado desde 2021, sem nenhum aumento. Nesse processo de negociação com o governo Jorginho Mello, nós estivemos negociando anteriormente com o [ex-governador] Carlos Moisés, e não tivemos avanço também. Com o Jorginho, que prometia muito, prometeu uma proposta em 2023, não cumpriu, prometeu uma proposta com certeza para 2024, e não cumpriu. Deixou a categoria com muita expectativa e não entregou nada”, frisa.

Concurso

Accadrolli lembrou que o Governo do Estado prometeu um concurso público em 2023 com 10 mil vagas. “Estamos em abril de 2024 e não foi lançado o edital do concurso público. Então, ele fala muito, promete muito, parece que está em campanha ainda, e não apresenta nada em concreto. Isso deixou a categoria indignada, porque já vem sofrendo com a desvalorização, sofrendo com essas questões. Hoje o cenário é muito favorável para uma grande paralisação”, adianta.

Além do ato no Cedup, uma nova mobilização acontece na tarde desta terça-feira, dia 23, às 14 horas, em frente ao Eng. Sebastião Toledo dos Santos, Colegião.

Via: Engeplus

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