Rede que vendia medicamentos abortivos é alvo de ação policial
Operação revelou comércio clandestino e prendeu duas pessoas em SC
O CyberGAECO deflagrou na manhã desta sexta-feira (17) a Operação “BioLeak” para combater a venda clandestina de medicamentos abortivos em plataformas digitais. A ação teve apoio da 7ª Promotoria de Justiça de Joinville, no Norte de Santa Catarina.
A equipe cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Joinville e Balneário Camboriú.
Durante o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram medicamentos de comercialização proibida. Por exemplo, hormônios usados para indução de parto. Duas pessoas foram presas em flagrante.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), as investigadas são responsáveis pela administração de sites e anúncios em plataformas de e-commerce. Elas ofereciam medicamentos ilegais. Além disso, também orientavam mulheres sobre como realizar o aborto. Colocando em risco a saúde das compradoras.
As investigações revelaram a atuação de uma rede coordenada por trás dos sites e anúncios. Essa estrutura operava de forma articulad, garantindo tanto o comércio clandestino quanto a entrega dos medicamentos ilegais.
Além das apreensões, a Justiça determinou o bloqueio dos sites ligados à prática criminosa e a remoção dos anúncios em mecanismos de busca na internet. O CyberGAECO agora analisa o material recolhido para identificar outros envolvidos e aprofundar as investigações sobre o alcance da rede.
Significado da operação
O nome “BioLeak” combina os termos “Bio”, que remete à vida, à saúde e ao corpo humano, e o “Leak”, que significa vazamento ou exposição. O título simboliza o combate à divulgação e comercialização ilegal de medicamentos que atentam contra a vida. Além de reforçar o compromisso das autoridades em proteger a saúde pública e o direito à vida desde a concepção.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) é uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina, com o apoio da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar. Juntas, essas instituições atuam de forma integrada para identificar, prevenir e reprimir organizações criminosas em todo o Estado.
Já o CyberGAECO é uma divisão especializada do GAECO, voltada ao combate de crimes cometidos em ambientes virtuais, como fraudes digitais, vazamento de dados e comércio ilegal na internet.
As investigações seguem sob sigilo judicial. O Ministério Público informou que novos detalhes serão divulgados assim que houver autorização da Justiça






