SAMU de Criciúma em Crise: Falta de estrutura, fardamento e efetivo colocam vidas em risco
Na cidade onde asfaltos e praças parecem ser prioridade, o que realmente salva vidas está sendo deixado de lado.
As unidades do SAMU em Criciúma vivem uma realidade alarmante: abandono, falta de estrutura e profissionais sobrecarregados.
Há pouco mais de um ano, toda a equipe foi substituída por profissionais concursados. Mas desde então, a situação só piorou.
Os socorristas, que atuam diariamente em ocorrências graves, não têm sequer um macacão reserva.
O único uniforme que receberam, há mais de um ano, já está rasgado e completamente desgastado
um reflexo claro do descaso com quem dedica a vida a salvar outras. Para piorar, os profissionais são obrigados a lavar o macacão todos os dias após o plantão, pois não têm peça reserva. Caso contrário, precisam trabalhar com o uniforme sujo ou, simplesmente, sem ter o que vestir.
As bases de atendimento da Próspera e do Rio Maina não possuem estrutura adequada para higienização das viaturas. Em dias de chuva, os profissionais precisam lavar as ambulâncias debaixo d’água e seguir o plantão completamente molhados.
“Hoje a viatura da base da Próspera ficou parada por falta de um técnico de enfermagem. A crise é feia.
A gente só quer trabalhar, mas como faz isso sem estrutura?”, relata um estagiário que atua como folguista na unidade.
Enquanto isso, vereadores que vivem ativos nas redes sociais ignoram os apelos da população.
Alguns foram procurados, mas nenhuma resposta foi dada.
O SAMU de Criciúma é essencial. Mas como garantir o atendimento de qualidade se falta até o básico?
E você? Acredita que o socorro deve ser tratado como prioridade?